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2 de jan. de 2007

Ta explicado.

Confesso. Assim que soube do imbroglio envolvendo o senhor Marcelo Silva, o PM que costumava mandar o salame na Suzana Vieira e que foi em cana depois de descer o braço numa vagaba em um Motel de Jacarepaguá, eu logo imaginei que ele devia estar muito doido de poeira, cachaça ou algum entorpecente ainda mais forte. Só isso, na minha opinião, explicaria um comportamento tão violento e selvagem.

Lembrem-se de que Marcelo Silva é um oficial da lei e trabalha no Rio de Janeiro. Ou seja, é um homem que já viu coisas que até deus duvida e o diabo se assusta e que, portanto, não é de se abalar com qualquer merda. Isso sem falar que, durante praticamente o ano passado inteiro, ele conviveu quase que diariamente com a visão da Suzana Vieira pelada. Pois imaginem vocês o que deve ser acordar pela manhã e dar de cara com o umbigo da Suzana Vieira. Nem pensem no resto. Imaginem só o umbigo. Aquela circunferência, que depois de tantas plásticas já deve estar com o mesmo diâmetro de uma esfiha aberta do Habib's, piscando para você toda santa alvorada. É mais do que muito soldado aquartelado em Fallujah já teve que aguentar e, mesmo assim, o Marcelão tirou de letra. O homem tem gelo correndo nas veias e, contudo, alguma coisa fez ele perder a cabeça e arrebentar o quarto do motel de Jacarepaguá.

Pois agora eu sei exatamente o que foi e vou contar pra vocês. Esses dias aí a revista Contigo teve acesso e divulgou o que o soldado e a vagaba consumiram durante o tempo em que estavam no quarto. A mistura explosiva era formada por refrigerante, cerveja, churrasco e Toddynho.

Eu sempre fui da opinião que Toddynho devia ser enquadrado como remédio tarja preta e vendido somente sob prescrição médica e mediante a apresentação daquelas receitas azuis que o farmacêutico tem que assinar. A dose de açúcar dentro daquela caixinha é capaz de colocar um cavalo em coma. Combinado com o refrigerante, então, é nitroglicerina pura. Não cabe aqui especular porque uma pessoa vai ao motel e pede um Toddynho mas, para mim, se não é uma tentativa de suicídio, é claramente um pedido de ajuda (de novo, pensem naquele umbigo).

Pois bem. Não bastasse o achocolatado do capeta, os dois ainda consumiram churrasco. Eu fico só me perguntando no que, precisamente, consiste um churrasco em um motel de Jacarepaguá? A carne mais nobre deve ser tatu. E mais: como é, logisticamente falando, que se serve um churrasco em um motel? Será que você está lá, ainda de cueca, e tem que atender a porta para o espeto da picanha? Ou precisa interromper as preliminares porque o rapaz do cupim está tocando a campainha? Imagine então o sorrisinho maroto do garçom toda vez que ele oferece uma carne com duplo sentido, como maminha, chuleta ou lingüiça dinamite?

Eu já acho esquisito passar na frente dos motéis e ver aquelas faixas de "festival do sushi", "semana da comida mexicana" ou "feijoada 24 horas". Agora, o sujeito que vai ao motel e pede um churrasco ou é um destemido ou um desavisado. E maionese? Será que acompanhava?

Em virtude dessas novas revelações, tenho que dar o braço a torcer. Depois de uma noitada regada a churrasco e Toddynho, o comportamento do senhor Marcelo Silva foi até comedido. Fosse eu a Suzana Vieira, perdoava e recebia o coitado de braços abertos. A não ser, é claro, pelo fato do cidadão freqüentar Jacarepaguá. Isso é que não tem perdão.

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