Lembrem-se de que Marcelo Silva é um oficial da lei e trabalha no Rio de Janeiro. Ou seja, é um homem que já viu coisas que até deus duvida e o diabo se assusta e que, portanto, não é de se abalar com qualquer merda. Isso sem falar que, durante praticamente o ano passado inteiro, ele conviveu quase que diariamente com a visão da Suzana Vieira pelada. Pois imaginem vocês o que deve ser acordar pela manhã e dar de cara com o umbigo da Suzana Vieira. Nem pensem no resto. Imaginem só o umbigo. Aquela circunferência, que depois de tantas plásticas já deve estar com o mesmo diâmetro de uma esfiha aberta do Habib's, piscando para você toda santa alvorada. É mais do que muito soldado aquartelado em Fallujah já teve que aguentar e, mesmo assim, o Marcelão tirou de letra. O homem tem gelo correndo nas veias e, contudo, alguma coisa fez ele perder a cabeça e arrebentar o quarto do motel de Jacarepaguá.
Pois agora eu sei exatamente o que foi e vou contar pra vocês. Esses dias aí a revista Contigo teve acesso e divulgou o que o soldado e a vagaba consumiram durante o tempo em que estavam no quarto. A mistura explosiva era formada por refrigerante, cerveja, churrasco e Toddynho.

Pois bem. Não bastasse o achocolatado do capeta, os dois ainda consumiram churrasco. Eu fico só me perguntando no que, precisamente, consiste um churrasco em um motel de Jacarepaguá? A carne mais nobre deve ser tatu. E mais: como é, logisticamente falando, que se serve um churrasco em um motel? Será que você está lá, ainda de cueca, e tem que atender a porta para o espeto da picanha? Ou precisa interromper as preliminares porque o rapaz do cupim está tocando a campainha? Imagine então o sorrisinho maroto do garçom toda vez que ele oferece uma carne com duplo sentido, como maminha, chuleta ou lingüiça dinamite?
Eu já acho esquisito passar na frente dos motéis e ver aquelas faixas de "festival do sushi", "semana da comida mexicana" ou "feijoada 24 horas". Agora, o sujeito que vai ao motel e pede um churrasco ou é um destemido ou um desavisado. E maionese? Será que acompanhava?
Em virtude dessas novas revelações, tenho que dar o braço a torcer. Depois de uma noitada regada a churrasco e Toddynho, o comportamento do senhor Marcelo Silva foi até comedido. Fosse eu a Suzana Vieira, perdoava e recebia o coitado de braços abertos. A não ser, é claro, pelo fato do cidadão freqüentar Jacarepaguá. Isso é que não tem perdão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário